O livro descreve um governo totalitário, num futuro incerto, mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo.
Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instalados em suas casas ou em praças ao ar livre.
A leitura deixou de ser meio para aquisição de conhecimento crítico e tornou-se tão instrumental quanto a vida dos cidadãos, suficiente apenas para que saibam ler manuais e operar aparelhos.
E os bombeiros, agora eles são responsáveis por acaba com a tentação e queimar qualquer livro encontrado pelo caminho, certificando que o fogo estará na temperatura suficiente para queima-los, Fahrenheit 451.
Banned Books!
Desde o seu lançamento em 1953, o livro de Bradbury foi banido de diversas escolas devido há algumas linguagens e expressões.
Opinião do café: De todos, esse é o livro que consideramos o mais inofensivo de todos. Para uma criança talvez uma conversa seria necessária antes ou durante a sua leitura, mas não o bastante para banir o livro das suas vidas.
Esse era um livro que estava na minha lista de prioridades há muito tempo.
Considerado um dos clássicos americanos, eu me sentia atraída para lê-lo, mas é aquela velha história, de estava aí então a urgência não era tanta.
Porém, foi começar a narração de Guy Montag, para perceber que talvez esperar foi a melhor coisa que pude fazer.
Mesmo sendo escrito há tanto tempo, o livro parece tão atual e preciso nas suas observações que é impossível não parar a leitura, olha para o lado e ter certeza que você não está em uma pegadinha.
Em um momento, um personagem diz a seguinte frase:
“Oh! A Terrível tirania da maioria. Todos nós temos a nossa opinião a dar. E compete a cada um, escolher a orelha com que quer ouvir.”
Não quero estragar a leitura de ninguém, mas essa frase é uma das menores em um dialogo onde são explicados os motivos para a atitude do governo de acabar com os livros, onde você só vai ter opção de deixar a boca cair, porque é igual a situação que temos hoje.
As minorias vão crescendo e em um momento elas se tornam a maioria, e aí você tem que regrar cada ponto, para tomar cuidado com cada uma delas.
“Não estava lá, você não a viu. – disse ele- Deve haver alguma coisa nesses livros, que nem podemos imaginar, para uma mulher decidir ficar na casa que queimava, há uma razão com certeza.”
O livro tinha tudo para se tornar uma das melhores leituras do ano, mas o finalzinho deixou a desejar, não o tornando tão memorável como esperava.
Entretanto a leitura foi muito proveitosa, e fica contente por ter finalmente tirado ele da minha lista.
Ficha Técnica:
Livro: Fahrenheit 451
Autor: Ray Bradubury
Editora: Biblioteca Azul
Páginas: 215 páginas
Nota: 4/5 estrelas